Neuza de Matos diz que não sabia que o dinheiro era das dívidas
Desde a manhã desta quinta-feira em que Neuza de Matos, à data dos factos conselheira para Assuntos Jurídicos e Constitucionais do Presidente da República, Armando Guebuza, está a ser ouvida pelo Tribunal montado na Cadeia de Máxima Segurança, vulgo B. O., que julga o “caso dívidas ocultas”.
De acordo com os autos, Neuza de Matos vendeu um apartamento ao réu Renato Matusse a 450 mil dólares, que foi pago directamente pelo Grupo Privinvest com 150 mil dólares a mais.
Neuza de Matos disse ao Tribunal que Renato Matusse terá dito que o valor provinha da Macmillan em pagamento a direitos de autor dos seus livros. E ela só soube que era dinheiro das “dívidas ocultas” quando iniciaram as investigações.
“Ele soube que eu estava a vender a casa através de um agente imobiliário. Coincidência ou não, foi isso que aconteceu. Nós não falávamos sobre assuntos pessoais na Presidência da República. Nunca pensei que a proveniência do valor fosse ilícita; eu acreditei que era da Macmillan. O negócio da minha parte foi feito com boa-fé. Se eu dei a minha conta ao meu colega e na minha conta entrou dinheiro, eu não tinha como saber. Acreditei na palavra dele e o importante era que ele pagasse o valor acordado”, explicou.
0 comments:
Enviar um comentário